segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Dia Nacional do Educador

Dia do Educador comemora-se hoje



 

Luanda - A classe docente comemora hoje, sábado, mais um aniversario do Dia Nacional do Educador, celebrado numa altura em que o sector da educação angolano procura ultrapassar alguns problemas relativos a conjuntura socioeconómica que actualmente vive o país.

Esta data pode constituir uma importante ocasião para as autoridades afins, os educadores e os discentes, reflectirem sobre os principais problemas do sector, visando  encontrar fórmulas ou modelos eficazes e eficientes para a sua superação.

Reconhecendo o papel do professor com elemento preponderante na comunidade e agente activo do desenvolvimento social, a melhoria das suas condições impõem-se como uma obrigação de toda a sociedade, em geral, e das instituições governamentais em particular.

É necessário valorizar a profissão do docente para que o professor não seja conotado como sinónimo de faminto e de corrupto.

O país precisa de professores competentes que aspirem cada vez mais a elevação do nível profissional com honestidade e responsabilidade, única forma de grangearem o respeito, carinho e sobretudo consideração por parte de toda a sociedade.

Para tal requer-se esforços e empenho de todos, sobretudo das instituições vocacionadas, mormente do governo, na solução dos seus problemas, para que a classe possa manter a dignidade e reconquistar o respeito que bem merece da sociedade.

Em relação à reforma educativa, para uns pode ser uma expressão vazia e utópica mas para outros representa um projecto sério, ambicioso, oportuno e eficaz para preparar a vida de muitas gerações que terão um papel decisivo nos processos de reconstrução  e da reconciliação nacional.

Entretanto, alguns entendem a matéria sob outro ângulo, encarando pois o processo da reforma educativa não como uma mera retórica ou um silogismo, mas sim um projecto de responsabilidade levado a cabo pelo Ministério da Educação, no sentido de melhorar a qualidade do ensino, preparando com mestria e eficácia os quadros que no futuro servirão o país.

A 22 de Novembro de 1976 o primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, declarou aberta a campanha de alfabetização em Luanda e ficou na história do país como data consagrada aos mestres do ensino e a partir de 1978 foi institucionalizado como Dia do Educador nacional.

Formação contínua
Um docente, que apesar da sua licenciatura ou doutoramento não adere à formação contínua, não é o docente que o sistema de educação em Angola requer.
Segundo o Estatuto Orgânico da Carreira Docente, a formação contínua transforma-se num dever, que muitos docentes, por se considerarem profissionais formados no tempo colonial ou hoje licenciados ou mesmo doutorados por grandes universidades, chegam a questioná-la.
Para o director provincial da Educação, muitos desses docentes deixam-se ultrapassar pelo tempo e um dia serão ultrapassados pelo sistema, pois “se não tivermos professores que aprendem a aprender e aprendem a ensinar, não teremos professores, do mesmo modo que, se não tivermos directores exigentes para com o professor, relativamente à sua formação e a planificação da sua actividade, para exigir cada vez maior e melhor desempenho, nunca teremos uma boa qualidade de ensino em Angola, uma vez que tudo isso exige que haja professores de qualidade e directores com responsabilidade”.
 O director provincial da Educação, que reconhece haver professores cuja permanência no sistema de ensino requer uma reciclagem, adverte ser necessário pensar no professor que temos e no que necessitamos.
 E como passou a ser hábito reflectir sobre a educação apenas de 5 de Outubro a 22 de Novembro, Joaquim Pinheiro recorreu ao estadista norte-americano, John Kennedy, para dizer que “não perguntemos ao país sobre o que ele deve fazer por nós, mas perguntemos a nós próprios sobre o que devemos fazer pelo país”.
O director provincial da Educação recorreu igualmente a Agostinho Neto, que celebremente citou um dia que “coloquei pedras nos alicerces do mundo, mereço o meu pedaço de pão”, em síntese, o responsável diria que “não peçamos pão antes do trabalho, porque dinheiro aparece apenas antes do trabalho no dicionário”



bibliografia :

www.portalangop.co.ao/motix/pt_pt/not...
jornaldeangola.sapo.ao/14/8/professor...
imagens de Angola

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